São Pαulo Apóstolo fαlα dα Bíbliα como α nossα poderosα pedαgogiα:
“Orα tudo o que se escreveu no pαssado é pαrα nosso ensinαmento que foi escrito, α fim de que, pelα perseverançα e pelα consolαção que nos
proporcionαm αs Escriturαs, tenhαmos α esperançα”
(Rm 15,4).

sexta-feira, 16 de julho de 2010

TP 6 Leitura e Processos de escrita

Um bom texto necessita antes de uma preparação, de uma revisão, de um planejamento. É isso que afirma a Seção 2 da Unidade 23.
Quem não conhece a história da Cinderela? Foi o texto que levei à sala de aula, na verdade quem o levou foi uma aluna que gosta de história de pr
incesas, eu aproveitei a situação.
Utilizando o texto, reservei duas aulas para uma
produção de textos baseada na idéia central do conto de fadas Cinderela: uma mudança de vida radical através de uma oportunidade.
Antes de construir o texto, os alunos responderam um questionário com idéias para a produção com perguntas focadas em:
  • Para quem será escrito o texto
  • Onde acontecerá a história
  • Quem será o personagem principal
A temática era a mesma. Andando pela sala, aju
dando os alunos a organizar as idéias, eu trouxe para o blog um texto simples e que atendeu tudo o que a atividade pedia.

O aluno é Matheus do 6° ano A

"O doidinho que ficou rico

Era uma vez um doidinho que morava na rua, uma vez ele fez uma cabanhinha para ele dor
mir e fazer as coisas que ele quisesse.
Todo dia ele catava latinhas para ganhar dinheiro para não passar fome. Com o dinheiro que era pouco, ele comprava pão todos os dias.
Um vez ele estava catando latinhas em um bar e o
dono desse bar estava precisando de um ajudante e chamou ele:
- Você quer começar a trabalhar aqui que dia?
O doidinho falou:
-Hoje. Agora!
O dono do bar falou:
-Tá bom, vem aqui e veste outra roupa. Tira essa roupa fedendo e veste uma roupa limpa. Agora você vai morar aqui.
Depois de uns 10 anos o bar virou um restaurante e veio um inglês para o Brasil procurando um modelo.
O inglês foi jantar no restaurante e o doidinho qu
e não era mais doidinho foi atender o inglês. Ele pediu camarão e lagosta, ele falava português.
Terminando de jantar chamou o doidinho para perguntar se ele queria ir para os Estados Unidos para ser modelo. Ele aceitou e foi de avião.
Ficou lá uns cinco anos e ficou bilhonário, voltou para o Brasil e comprou o restaurante que trabalhava antes, virou dono de restaurante, adotou um filho e ficou muito feliz."

TP 6 Leitura e Processos de escrita

Tese e argumentos, esse é o assunto da Unidade 21.
No encontro com o formador, ele nos nos deu uma determinada situação do cotidiano escolar: Um aluno e seu professor vão até a diretoria porque o professor não quer aceitar que o mesmo aluno entregue seu trabalho pois a data de entrega já ha
via passado.
Rubem sorteou entre os gestaleiros presentes quem faria o papel do aluno e do professor, o restante estaria no lugar do diretor.
Usando de vários argumentos (por raciocínio lógico, de autoridade, por exemplo, baseados em provas concretas e no senso comum), o "professor"
e o "aluno" tentavam nos convencer de que era o correto.
Mais tarde fiz o mesmo com minha turma do 6° ano, lemos a crônicia "Esmeraldo, o garçom" de Laé de Souza.

"Esmeraldo servia um bife acebolado, enquanto outro cliente fazia insistentes sinais chamando-o. Ele, fingindo não perceber para não interferir no seu trabalho, atendeu com presteza e só então deslocou a sua visão à outra mesa. (Aí que descobri que quando chamamos um garção e parece que ele não vê, às vezes está vendo e finge que não vê). Acostumado com os tipos e pela cara sentiu que era reclamação, e era mesmo. O sujeito, irritado, sentia-se indignado com a refeição. O macarrão estava grudado e o molho salgado.

Esmeraldo, educadamente, perguntou:

- Como é o seu nome, senhor?

O cliente mais irritado ainda respondeu:

- Jonas.

- Pois é senhor Jonas, vou lhe explicar como funcionam as coisas -, disse-lhe Esmeraldo. – A minha função aqui, é a logística. Ou seja, coleto os pedidos do cliente, passo para a copa, que manda para a cozinha. Daí para a frente não interfiro em nada, até que eu ouça dois toques da sineta, o sinal de que o meu pedido está à disposição. Então apanho a mercadoria, vejo se está bem separada, cada qual em sua bandeja e faço a distribuição para os clientes. Quanto a verificar se os produtos estão perfeitos, se a qualidade é boa, foge ao meu alcance e se o fizesse, estaria me intrometendo no trabalho de outro setor, com o que o senhor há de concordar, seria antiético.

Agora, é responsabilidade minha e o senhor pode me chamar a atenção que eu vou abaixar a cabeça, se ocorreu alguma coisa que me diz respeito como: Seu pedido veio trocado? Sua cerveja chegou quente? O refrigerante diet da sua esposa e as cocas normais dos seus filhos não vieram certinhos, como pedidos? Sua comida veio misturada, decorrente do transporte da copa até a sua mesa? Deixei cair um copo ou derramei molho na mesa ou em algum dos senhores?

O senhor pode não ter percebido, senhor Jonas, mas a sineta tocou e eu já corri para trazer sua refeição. Se houve demora, foi lá para dentro, mas não no serviço de distribuição. Agora, se o senhor quer fazer reclamação do serviço da produção, posso chamar o cozinheiro ou então o senhor Manoel, que é o dono, portanto, é quem tem que ouvir essas reclamações, não eu. Aliás, aqui pra nós, acho que o senhor tem que reclamar com ele sim, porque esse cozinheiro é muito folgado e anda fazendo as coisas de qualquer jeito. É a segunda reclamação injusta que recebo hoje. Que culpa tenho eu, senhor Jonas, que estou aqui do lado de fora, nem sabendo do que está acontecendo lá por dentro e alguns clientes sem atentar para isto, me chacoalham? O senhor, sinceramente, não acha que é injusto seu Jonas? Vou chamar o seu Manoel, o senhor reclama do macarrão, do molho e, não diga que falei nada, mas pode reclamar que a carne está dura, porque sei que está, pois, uns dois clientes já reclamaram. Lá está o seu Manoel. Seu Manoel! Seu Manoel , faz o favor!

Enquanto o Sr. Manoel se aproximava, Esmeraldo cochichou para o cliente:

- O senhor pode reclamar do que quiser seu Jonas, mas não da comida fria, porque se esfriou, foi por culpa sua que iniciou a conversa, deixando-a esfriar.

Jonas, mulher e filhos boquiabertos olhavam para o Esmeraldo e o Sr. Manoel, que todo solícito dizia um “pois não”, bem macio."

Dada a situação entre o cliente e o garçom, deixei a critério dos alunos quem defenderia o cliente e quem faria o papel de garçom. Ficamos a aula toda trabalhando a oralidade e a argumentação dos alunos.
Muito proveitoso e divertido.